Hoje, 1º de dezembro, marca o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, uma data estabelecida pela Assembleia Mundial de Saúde, com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), em outubro de 1987. Desde então, milhares de pessoas ao redor do mundo têm reservado este dia para reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão em relação às pessoas infectadas pelo HIV/Aids.
O Brasil adotou essa iniciativa um ano depois, em 1988, e desde então, tem desempenhado um papel de destaque no enfrentamento global à HIV/Aids. Apesar dos avanços ao longo das décadas, o preconceito e a discriminação continuam sendo as principais barreiras no combate eficaz à epidemia, dificultando o acesso ao apoio adequado, à assistência e ao tratamento da Aids, bem como ao diagnóstico precoce.
Um dos pontos destacados no cenário brasileiro é a posição de referência mundial no enfrentamento à HIV/Aids. Há 16 anos, o Sistema Único de Saúde (SUS) assegura acesso universal a todos os medicamentos necessários para o combate ao vírus HIV, além de exames e acompanhamento médico, beneficiando aproximadamente 217 mil brasileiros. O SUS também se destaca ao oferecer tratamento antirretroviral a 97% dos brasileiros diagnosticados com Aids.
Apesar dos números expressivos, é crucial destacar que o caminho rumo à erradicação da Aids passa não apenas pela oferta de tratamento, mas também por uma mudança significativa na mentalidade social. O estigma associado à infecção pelo HIV/Aids continua a ser uma realidade para muitas pessoas, e é fundamental superar essas barreiras para alcançar uma sociedade mais justa e inclusiva.
Neste Dia Mundial de Luta Contra a Aids, é imperativo lembrar que a batalha contra essa epidemia global é multifacetada, envolvendo não apenas a esfera médica, mas também a social e a cultural. A solidariedade, a informação e a empatia são armas poderosas nesse combate contínuo.
É uma oportunidade para renovar o compromisso de todos os setores da sociedade na promoção de um ambiente onde a informação prevaleça sobre o preconceito, e onde o apoio seja estendido a todos, independentemente do seu status sorológico. Unidos, podemos construir um futuro onde a HIV/Aids seja uma página virada na história da saúde global.