A Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil vem a público expressar seu profundo descontentamento com as recentes decisões da Meta Platforms Inc., controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp. Após aguardarmos explicações e reparações por parte da empresa, fomos informados de que a Meta descontinuará sua afiliação à Câmara LGBT, incluindo sua participação como membro compradora do Programa Fornecedores Diversos, e não apoiará a Conferência Internacional da Diversidade 2025, como ocorreu nos anos anteriores.
Essa decisão, alinhada às orientações da sede na Califórnia, reflete um preocupante descompromisso com valores fundamentais de direitos humanos, inclusão e diversidade, além de ferir diretamente o estatuto desta entidade, que preza pela promoção da ética, cidadania, direitos humanos e diversidade sexual, conforme previsto no artigo 3º, inciso XI da Lei nº 9.790/99.
A Meta, que historicamente foi uma parceira estratégica em políticas de diversidade, agora adota medidas que representam um grave retrocesso. Ainda mais alarmante é a atualização na política de “Conduta de Ódio”, que permite associações depreciativas entre termos ligados a doenças mentais e gênero ou orientação sexual. Tal postura não apenas legitima preconceitos, mas também ameaça agravar a discriminação contra pessoas LGBTI+, minando princípios básicos de respeito e dignidade humana. Essas ações desconsideram compromissos essenciais com os direitos humanos e ignoram o impacto social negativo que podem causar.
Já foi divulgado que no Brasil a Meta terá alguns procedimentos mais amenos que nos Estados Unidos, não por comprometimento com as pessoas, mas sim porque no Brasil só conseguirá operar se seguir os direcionamentos legais, como já informou a Suprema Corte do nosso País.
A Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil desaprova veementemente tais decisões e pede que a Meta reveja suas políticas, reafirmando o compromisso com a promoção da diversidade e da equidade em todos os âmbitos. Empresas que negligenciam esses valores fundamentais não apenas retrocedem, mas também comprometem sua credibilidade perante a sociedade e contribuem com o preconceito que pode levar à morte.
Continuaremos vigilantes e atuantes na defesa dos direitos da comunidade LGBTI+, exigindo que práticas corporativas respeitem e valorizem a diversidade como um pilar essencial para um futuro mais justo e igualitário.