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Instituto Nice capacitou em Design de Saboaria durante quarentena

Durante a quarentena, o Instituto Nice realizou um curso profissionalizante de Design em Saboaria aos fins de semana com a voluntária Vilka Roschel. A organização LGBT tem por objetivo resgatar e acolher vítimas de exploração sexual, além de ajudar na inserção social e profissional de mulheres trans e travestis. Ao fim dos três meses de curso, os alunos participantes receberam um certificado para poderem atuar na área e a investirem em uma nova forma de trabalho.

“O curso que ela deu foi transformador, abriu oportunidades. Já temos pessoas fabricando e vendendo sabonetes, abrindo o seu próprio negócio. Trouxe esperança para nós, ou seja, muita coisa boa. Se tivessem mais pessoas como a Vilka nesse mundo, dando cursos profissionalizantes como esse, tenho certeza que o mundo seria diferente. Só tenho a agradecer”, conta Valéria Rodrigues, Coordenadora do Instituto Nice.

Um exemplo de sucesso com o curso é Adriana Leal, uma mulher trans que se formou nessa turma e que se destacou. Com isso, ela vai fazer parte da equipe do Instituto Nice e vai dar aulas para uma segunda turma.

Ao saber do sucesso de seus alunos, Vilka se emociona e afirma que não tem nada melhor que ensinar aquilo que ama, pois tem a certeza que o curso profissionalizante ajuda a pessoa a ter um caminho de ter seu próprio empreendimento e garantir seu sustento.

“Foi um divisor de águas na minha vida e acredito que para muitos ali. Outro dia recebi mensagem que um dos alunos teve a sua primeira encomenda e isso é gratificante demais”, conta Vilka.

A relação de Vilka com o Design de Saboaria começou há anos, mais precisamente em 2008. Ela estava cansada de andar pelos corredores de mercado procurando um sabonete que não tivesse aquele cheiro artificial e que não deixa cheiro na pele.

“Fiquei fascinada pelos ensinamentos de Peter Paiva sobre Design de Saboaria e, em 2008, consegui realizar o curso dele. Encontrei uma paixão pela criação! Hoje em dia, moro na Alemanha e por aqui não encontro a diversidade de materiais necessários para fazer os produtos, então, sempre que vou ao Brasil vejo novidades e faço encomendas. Nesta última ida, aproveitei para me voluntariar no Instituto Nice para ensinar mais pessoas sobre esse mundo que amo. Dar alguém uma oportunidade de conhecimento e que pode ser fonte de renda é de um valor imensurável para mim”, conta a designer.

Matéria escrita por
Amanda Santiago
Jornalista do Comitê de Comunicação da Câmara LGBT do Brasil

2 Comments

  1. Olá, faço parte de uma Associação Sócio Ambiental aqui em Francisco Morato.
    Gostaríamos de adquirir os sabonetes para fazer uma rifa em prol da nossa entidade e ajudar a divulgar o Instituto Nice bem como o trabalho de vocês.

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