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Festas de matriz africana mantêm tradição no litoral baiano

O último fim de semana foi marcado por vibrantes homenagens às divindades de matriz africana ligadas às águas, celebradas em diversos pontos do litoral baiano. Em Salvador, Itaparica, na região da Baía de Todos-os-Santos, e em Camaçari, na Costa dos Coqueiros, manifestações culturais e religiosas ganharam vida com o apoio da Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA). A iniciativa reforça as ações do órgão para impulsionar o afroturismo, segmento que se consolida como um dos principais atrativos para turistas brasileiros e estrangeiros, destacando a riqueza cultural e espiritual da Bahia.

Na capital, as celebrações começaram na noite de sábado (1º), com o “Sòrodó”, a entrega de oferendas à deusa Oxum, no Dique do Tororó. O cortejo, liderado pelo músico Carlinhos Brown, saiu das proximidades da Arena Fonte Nova e seguiu em direção às esculturas dos orixás que ornamentam o espaço de lazer, onde os presentes para a Rainha da Água Doce foram depositados.

A Setur-BA deu total apoio e ajudou muito a elevar ainda mais o Sòrodó, que tem grande importância cultural para a perpetuação do culto, além de movimentar a economia nas comunidades”,  declarou o presidente da Associação Brasileira de Preservação da Cultura Afro-ameríndia (AFA), Leonel Monteiro.
Uma bela festa para Oxum. Gostei das cores, da música. Tudo foi muito bonito”, comentou o músico Enrico Carlini, da Itália, que está na segunda viagem a Salvador.
No domingo (2), a secretaria levou o projeto Agô Bahia para a centenária Festa de Iemanjá, a Rainha do Mar, no bairro do Rio Vermelho. A pasta reuniu baianas típicas e a percussão do bloco afro Muzenza, que interagiram com os participantes. Ela também realizou uma pesquisa sobre o perfil do turista que participa do evento, tempo de permanência, gasto e satisfação com os serviços.
Ainda no domingo, Ponta de Areia, em Itaparica, foi palco do Presente das Águas, promovido pelo terreiro Omo Ilê Agboulá. O cortejo fez o trajeto do Alto da Bela Vista até a praia, seguido por moradores e visitantes, para a entrega de oferendas no mar.
As energias ligadas às águas estão em comunhão, neste dia. Temos uma parceria saudável com a Setur-BA, que não termina hoje, em nome da promoção do afroturismo baiano, que cresce cada vez mais no estado”, pontuou o sacerdote supremo do culto a Egungun, Balbino Daniel de Paula ( Alapini Idekum Oye).
A produtora cultural Magda Aparecida Castanho, de São Paulo, participou da festa em Itaparica, pela terceira vez. “ Essa manifestação representa a resiliência de uma cultura de fé desse povo, mostrando a força do coletivo”, ressaltou.
No mesmo dia, em Arembepe (Camaçari), as homenagens à Iemanjá completaram 53 anos, com rodas de capoeira, grupos musicais e momentos de oração. Destaque para o presente biodegradável, criado pelo artista plástico Dhema.
Atuamos pelo fortalecimento dessas tradições ligadas à ancestralidade, que têm um forte apelo na atração de visitantes. Seguiremos apoiando eventos do segmento, durante todo o ano, por meio de parcerias entre o Governo do Estado e entidades religiosas de matriz africana”, explicou o titular da Setur-BA, Maurício Bacelar, que participou das festividades em Salvador.

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