Nos últimos anos, a população LGBT+ tem se destacado não apenas por suas conquistas sociais, mas também por seu poder econômico. De acordo com um estudo da NIQ (empresa líder em inteligência de consumo), somente nos 12 meses anteriores ao primeiro trimestre de 2024, a comunidade injetou R$ 18,7 bilhões na economia brasileira.
A pesquisa Rainbow Homes revela ainda que os lares LGBT+ gastam, em média, 27% a mais no e-commerce do que os demais, com um ticket médio de R$ 363,00 (contra R$286 de outros domicílios). Entre as categorias mais consumidas, destacam-se bebidas alcoólicas, moda e produtos de conveniência.
Diversidade como fator de inovação nos negócios
Geórgia Nunes, gerente nacional de Empreendedorismo Feminino, Diversidade e Inclusão do Sebrae, destaca o duplo impacto da população LGBT+ na economia: como potência de consumo e agente de transformação social.
“São números que demonstram o poder expressivo de compra da população LGBT+, formada por lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e outras identidades de gênero, mas também chamam atenção para a importância de se construir uma sociedade mais inclusiva e diversa.“, afirma.
Diante da discriminação e das barreiras no mercado tradicional, muitos LGBT+ têm encontrado no empreendedorismo um caminho para autonomia financeira e autorrealização. “Ao gerir o próprio negócio, é possível criar ambientes inclusivos e explorar nichos de mercado específicos“, explica Nunes.
Com seu poder de consumo em ascensão, a comunidade LGBT+ se consolida como um público estratégico para o mercado. Paralelamente, o empreendedorismo dentro desse grupo alimenta a economia e acelera a representatividade – prova de que inclusão e crescimento econômico andam juntos.