A Casa Poéticas Negras, parceira da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP), apresenta mais uma vez sua proposta de Aquilombar-se, destacando a importância da programação LGBTQIAP+ na celebração. O evento, que ocorre de 22 a 26 de novembro em Paraty, Rio de Janeiro, reforça sua missão de amplificar as vozes e experiências afrobrasileiras e indígenas, com ênfase no letramento racial e social.
No dia 23, às 17h, destaca-se o Slam DiVersos com Patrícia Jimin e Renato Kola, um campeonato de poesia falada que abraça a diversidade com modalidades como ‘Curta’, ‘Amor’ e ‘Livre’. No dia 24, às 20h, ocorre o Xotarau, um sarau erótico organizado por mulheres pretas e lésbicas, proporcionando um espaço inclusivo com a presença de Dani Rosa e o lançamento do livro “Vinho Retinto” com King a Braba.
A programação deste ano oferece mais de 40 horas de atividades afrocentradas, incluindo mesas literárias, lançamentos de livros, sessões de autógrafos, slam, poesia, exibição do documentário “Moa do Katende” e shows, com a participação de convidadas notáveis do Brasil e do exterior.
O espaço também será palco para o lançamento de mais de 50 publicações de editoras dedicadas à literatura afrobrasileira, diaspórica e indígena. “Aquilombar-se é reconectar-se com a força das nossas raízes e celebrar a magia de uma programação repleta de cultura negra e indígena, onde a diversidade é o nosso guia,” reforça Angela Damasceno, fundadora da Casa Poéticas Negras.
Além da programação literária, a Casa Poéticas Negras destaca uma área dedicada ao empreendedorismo local e de impacto social, com marcas como Apoema, Ateliê de Benguela, Ateliê Lúh e Dani Guira, além da presença da NUDE, oferecendo degustação de produtos 100% plant based e com zero pegada de carbono.
Durante os cinco dias de evento, a Casa Poéticas Negras oferecerá mesas literárias gratuitas, promovendo o pensamento negro e indígena. Escritores(as), pensadores(as) e artistas apresentarão suas ideias e pesquisas sobre temas diversos que permeiam a comunidade negra e indígena brasileira.
Leituras e performances poéticas emocionantes explorarão as diferentes facetas do movimento afrobrasileiro e indígena da atualidade, buscando criar um elo significativo com o público presente.
Programação Completa
23/11 – Quinta-feira
-10h: Dance Slam – Batalha de coreografia de TikTok. Trazendo a integração social por meio da dança, o grupo Dance Slam, utiliza como base coreografias do TikTok para criar um
cenário de batalha com direito a ganhadores e prêmios com Dani Rosa.
-11h: Contos e saberes africanos. Mediação de leitura do conto “O Anel do Rei” e análise a partir do viés ancestral com Beta Ferreira.
-13h: Infância e vivências afroreferenciadas com Sidnei Nogueira (lançamento do livro Menina dos cabelos d’água), Luciana Itanifè (ilustradora) e Priscila Obaci (lançamento Xirezinho – brincando com a natureza)
-14h: Educação, literatura e cultura para uma sociedade mais inclusiva com Iya Marta Sales, Nelson Maca e Amauri Queiroz
-15h30: Mulheres e suas vivências poéticas com Beatriz Félix, Analu e Elisa Pereira Mediação: Sandra Regina
-17h: Slam Diversos com Patrícia Jimin e Renato Kola. Nascido em fevereiro de 2018, o Slam DiVersos é um campeonato de poesia falada que reúne três modalidades de Slam em uma só competição: Curta: poemas de até 10 segundos, Amor: Poemas de amor de até 3 minutos, Livre de cronômetro e de tema. O Slam DiVersos é também organizador do Double Slam
-18h30: Sarau baobá com King Abraba. É um coletivo que surgiu em março de 2020, em Itapecerica da Serra, em São Paulo. Fundando por King Abraba, o Sarau Baobá tornou-se itinerante ocupando um papel fundamental dentro das escolas e reúne múltiplas linguagens artísticas como, dança, poesia e música. É um espaço de desabafo, escuta e cura.
-20h: Rodas Negras: Capoeira, samba, identidade é MESTRE MOA PRESENTE! com Roberto Pereira (Perspectiva), Janete Góes Reis e Gustavo McNair. Exibição do doc MOA DO KATENDE e mesa de conversa.
-21h30: Samba do Bebele e Capoeira – A professora do Grupo de Capoeira Angola Angolinha Janete Góes lidera a roda com seus filhos, filhas e amigos. Janete é uma zeladora da Cultura, responsável por resguardar as tradições da capoeira e do samba.
24/11 – Sexta-feira
-10h: Educar para a diversidade. Mediação de leitura com os livros de Noelia Miranda e Tatiana Moreira por Dani Rosa.
-11h: Patriarcado e racismo não combinam com desenvolvimento e a revolução democrática com Juliane Furno, Jailson de Souza e Silva e Rosana Miranda. Mediação: Pauliane
-13h: Emancipação e trajetórias de mulheres negras com o lançamento do livro de Beta Ferreira, Rai Soares e Aline Chermoula Mediação: Jequélie Duarte
-14h: Saúde Mental e subjetividades das mulheres negras e seus enfrentamentos à negrofobia, com Roberta Federico, Veronica Santana e Eloá Moraes. Mediação: Tatiana Moreira
-15h30: Poesia Preta de ontem e de hoje com Esmeralda Ribeiro, Mel Duarte e Angel Aguiar. Mediação: Jéssica Campos
-17h: A história que “esqueceram” de nos contar com Ynaê Lopes, Luciana Brito e Roberto Pereira. Mediação: Marília Teles
-18h30: Diversidade e bem-viver: as múltiplas autorias em literatura indígena com Geni Nunez, Janau e Ellen Wassu. Sarau Urucum com Jamile Anahata
-20h: Xotarau, como o nome já sugere é um sarau erótico, organizado por mulheres pretas e lésbicas, moradoras da zona leste de São Paulo. A ação tem como objetivo proporcionar um espaço onde todos os corpos se sintam acolhidos e livres para serem quem gostaria de ser com Dani Rosa e lançamento do livro “Vinho Retinto” com King a Braba
-21h30: ADRINKAZ – influências afro-jazzísticas. O show reunirá músicos de origens e histórias diferentes que produzem uma linguagem futuro-ancestral comum, com raízes culturais negras.
25/11 – Sábado
-10h: Narrativas de mulheres negras: estratégias e tecnologias sociais para emancipação com Dani Balbi, Thaina Briggs e Valesca Lins Mediação: Veronica Santana
-11h30: História, cultura e memória do pensamento negro com Henrique Marque Samyn Marcelo Augusto Monteiro. Mediação: Thaina Briggs
-13h: Literatura e historiografia preta: histórias que precisam ser contadas com Vitor Trindade com o livro ‘O Ogan Alabê’, Renato Silveira e o ilustrador Edson Ike com ‘Linhas pretas – Machado de Assis’. Mediação: Luana Vignon
-14h30: Qual a nossa onda? A escrita negra na ficção científica e fantástica com Marco Aurélio, Lu Ain Zaila e Henrique André. Mediação: Israel Neto
-16h: Sarau do Capão com Tawane Theodoro e Jéssica Campos. É um coletivo que surgiu em Janeiro de 2017. Fundando por Tawane Theodoro e Jéssica Campos, duas mulheres pretas e periféricas. O evento é uma mescla de poesia, dança, música e as diversas formas de arte, debate questões de gênero, raça e classe.
-17h30: Movimento negro, lutas antirracistas e relações étnico-raciais no mundo contemporâneo com Richard Santos, Flávia Rios e Luiza Mandela Mediação: Vitor Trindade
-19h: Combinaram de nos matar. Mas nós combinamos de não morrer, com Fayda Belo, Luciana Barreto e Hananza. Mediação: Catita
-20h30: Filosofia e literatura afrodiaspórica para emancipação com Teresa Cardenas (Pallas), Katiuscia Ribeiro e Josane Silva Souza (Pallas) Mediação: Richard Santos
-22h: Samba do Quilombo
26/11 – Domingo
-10h: Racismo ambiental e as estratégias de mulheres de axé como liderança com Tainá de Paula, Iya Flavia Pinto e Iya Marta Sales.
-11h30: Escritas que vencem distâncias e lançamento do livro ‘É cada vez mais urgente manter vivo o que nos resta’ com Ana Elizabete Machado, Jequélie Duarte e Marília Teles. Mediação: Samira Calais.
-13h: A Pluralidade da Margem com Tawane Theodoro e Jéssica Campos. Mediação: Brenalta
-14h30: As culturas negras nos quadrinhos e HQs com Rodrigo Candido e João Miranda Mediação: Israel
-16h: A produção de conhecimento como estratégia de luta pelos territórios com Mestre Joelson da Teia dos Povos e a Laura Braga Quilombo da Fazenda. Mediadora: Camila Haddad
-17h30: Contos de nossa terra com Máximo Lustosa e Paulo S. Oliveira e Jô Freitas. Mediação: Ana Elizabete Machado
-19h: Encontrão poético: Sarau descansa militante
-20h30: Spokén Word: Match (Música & Poesia) com Patrícia Jimin, King a Braba e Brenalta
Sobre o Casa Negras Poéticas
Fundada em 2019, a organização de impacto social, com sede e atuação em Paraty, tem como propósito, promover a equidade racial e cultural por meio da educação, da valorização da identidade negra e indígena. Buscando capacitar, inspirar e unir comunidades, fortalecendo o letramento e a autoafirmação, para a construção de um futuro inclusivo e representativo.
Onde fica a Casa Negras Poéticas na FLIP?
Rua Comendador José Luiz, 398 Centro Histórico, Paraty
Onde acompanhar nas redes sociais?
Site:https://casapoeticasnegras.com.br/
Facebook: https://www.facebook.com/casapoeticasnegras/