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Pesquisa de saúde mental online para mulheres trans no Rio recruta participantes

Tendo como base a triste realidade que coloca o Brasil no topo dos países que mais vitimam pessoas trans, a situação se tornou um grave problema de saúde pública com implicações globais. A violência contínua enfrentada por essas pessoas torna suas vidas vulneráveis, afetando de forma significativa sua saúde mental, podendo levar a quadros de ansiedade, depressão e, em casos extremos, até mesmo ao suicídio.

Para combater esse cenário alarmante, nasceu o Estudo R.I.S.E. – Resistir Intervir Socorrer e Empoderar: Viabilidade e Aceitabilidade de uma Intervenção de Saúde Digital para Mulheres Transgênero que Enfrentam Violência de Gênero e Transtornos Mentais no Brasil. Essa importante iniciativa é fruto de uma parceria entre a Fiocruz e a Duke University, dos Estados Unidos, com o apoio fundamental da Antra, a Associação Nacional de Travestis e Transexuais. A Professora Doutora Angélica Baptista da Fiocruz e a Secretária de Articulação Política da Associação Nacional de Travestis e Transexuais, Bruna Benevides, estão à frente dessa missão.

O objetivo principal desse projeto é incluir no ecossistema de saúde digital do aplicativo brasileiro DANDARAH de combate à violência LGBTfóbica o RISE. Essa ferramenta consiste em uma triagem online de saúde mental, que proporcionará acesso a serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) de acordo com a gravidade detectada em cada caso.

Neste momento, a iniciativa está convocando mulheres trans e travestis, maiores de 18 anos e residentes no Rio de Janeiro, para participar do estudo e contribuir na construção dessa importante ferramenta de promoção e prevenção da saúde, representando uma conquista significativa para a população trans como um todo. Durante o processo, as participantes serão acompanhadas pela equipe de pesquisadores da Fiocruz ao longo de seis meses.

Para atingir a meta de 200 entrevistadas, o estudo se valerá de entrevistas online, que serão agendadas de acordo com a disponibilidade das participantes. Além disso, as entrevistas contarão com a mediação de “madrinhas” do R.I.S.E., um grupo de mulheres trans e travestis, pesquisadoras, que oferecerão suporte e acompanhamento às voluntárias durante sua participação no estudo.

Esse projeto é um passo crucial para enfrentar a alarmante situação de violência e vulnerabilidade vivenciada pela comunidade trans no país, buscando, através da tecnologia e da promoção da saúde mental, construir uma sociedade mais inclusiva e acolhedora para todas as pessoas, independentemente de sua identidade de gênero. A esperança é que essa iniciativa pioneira possa ser expandida para alcançar um número cada vez maior de indivíduos, contribuindo para uma mudança significativa e positiva no panorama da saúde mental da população trans no Brasil.

As informações para participação no estudo estão disponíveis em nossas redes sociais:  @dandara.risehttps://www.facebook.com/Dandarahhh.

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