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Cultura

Instituto [SSEX BBOX] e governo federal se unem para promover inclusão linguística e igualdade de gênero

Entre os dias 08 e 13 de março, o Instituto SSEX BBOX e a consultoria Diversity BBOX, que tem mais de uma década de experiência em Diversidade, Equidade, Inclusão e Pertencimento (DEI&P) no Brasil, se encontraram com representantes do governo em Brasília para conduzir workshops de letramento. Durante esses encontros, foram destacadas a importância e a necessidade da educação sobre temas como gênero, sexualidade, raça, etnia, pessoas com deficiência e a população LGBTQIAP+. Para isso, foram utilizadas ferramentas e conteúdos educacionais. O Ministério dos Direitos Humanos, liderado por Silvio Almeida, que desde o início da gestão do governo Lula tem como um dos principais temas as linguagens neutra e inclusiva, foi um dos órgãos que participaram desses workshops.

Importância do letramento no combate a discriminação

O letramento é importante para promover a inclusão, igualdade e equidade de gênero, e combater a discriminação e exclusão de grupos invisibilizados socialmente. O Instituto [SSEX BBOX] teve uma agenda produtiva no Distrito Federal, incluindo encontros com a secretária Nacional dos Direitos da População LGBTQIA+. A missão do Instituto é consolidar o “Sistema ILE”, que utiliza a desinência “E” no final das palavras para criar linguagem neutra ou não binária na língua portuguesa. O Instituto atuou como mentor e consultor para qualificar as equipes internas do MDHC e as redes sociais oficiais do governo em Brasília.

Tudo o que é novo assusta. Foi dessa forma no início dos trabalhos sobre o tema no Brasil, conduzido por Pri Bertucci nas conferências internacionais da [DIVERSITY BBOX], nas quais participei de várias edições. E esse “novo” ainda assusta. Nossa sociedade está acomodada na convivência com o patriarcado. Quando o debate da linguagem neutra surgiu em meados de 2014 muita gente desacreditou da sua potência, mas não esperavam que tanta gente se adequasse não só por modismo, mas, por ser acolhida pela estratégia. Não é para se sobrepor a outra linguagem de gênero e antissexista já conquistada e, sim, para somar ampliando o acolhimento linguístico. O manual chega em excelente momento para a história do movimento LGBTQIAP+”, destaca Symmy Larrat, secretária Nacional dos Direitos da População LGBTQIA+ e Diretora executiva da ABGLT.

Linguagem neutra e inclusiva como parte de um movimento de inclusão

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a linguagem neutra e inclusiva não se trata de um modismo linguístico, mas historicamente é preciso relembrar que o Brasil passou por uma série de transformações que impactaram a língua portuguesa, as quais muitas pessoas não tiveram acesso à verdadeira história, ou se esquivam de tal conhecimento. Vale recordar que antes do país ser colonizado pelos portugueses, a identidade de gênero para pessoas indígenas não era apenas binária.

Com base no  Dossiê de linguagem Neutra e Inclusiva, podemos entender  que a comunicação inclusiva, a linguagem inclusiva e a linguagem neutra são três abordagens diferentes para promover a igualdade de gênero e a inclusão social em comunicações escritas ou faladas. A comunicação inclusiva é uma abordagem que procura incluir todas as pessoas, independentemente de seu gênero, orientação afetivo-sexual, raça, entre outros marcadores identitários. Ela busca evitar o uso de termos e expressões que possam excluir ou marginalizar determinados grupos de pessoas negras, pessoas indígenas, mulheres, pessoas LGBTQAP+ e pessoas com deficiência.

Já na linguagem inclusiva ou também conhecida como linguagem não sexista, não existe alteração na ortografia das palavras, apenas a alteração de termos como “todas as pessoas”, ao invés de “todos”.

A linguagem neutra ou não binária, por sua vez, é uma abordagem elimina a distinção de gênero em palavras e expressões, de modo que não haja palavras ou expressões que se refiram especificamente a homens ou mulheres. Nessa abordagem, comumente é realizada a alteração da ortografia das palavras, usando a desinência ‘E’ no final das palavras, como; “todes, juntes, convidades, amigues”, e assim por diante. A inclusão da desinência ‘E’ é proposta pelo “Sistema ILE” e designada como linguagem neutra ou não binaria na língua portuguesa.  Também existe o uso de pronomes de gênero neutro em português para se referir a pessoas não binarias e a coletivos de pessoas sem flexão no masculino, como; “ile/dile” e “elu/delu”.

Sobre o Instituto [SSEX BBOX] e a [DIVERSITY BBOX] consultoria em DEI&P

Criadores e precursores da linguagem neutra no Brasil, o Instituto [SSEX BBOX] gênero e sexualidade fora da caixa e a [DIVERSITY BBOX] consultoria em DEI&P, promovem ações no âmbito social e institucional a mais de uma década, com a responsabilidade de levar conhecimento a profissionais, instituições e empresas de todo o Brasil.

Sobre o Dossiê de Linguagem Neutra e Inclusiva  

O Dossiê de linguagem Neutra e Inclusiva gera debates e rodas de conversas em escolas, universidades, museus e no meio corporativo. O Dossiê de linguagem Neutra e Inclusiva,  foi lançado em 2021 em Portugal com apoio da Rede Brasil do Pacto Global da ONU, da Mattos Filho Advogados e da Out & Equal (Maior Organização LGBTQIA+ do mundo) e no Brasil em 2022 durante a Feira Trans em São Paulo. O primeiro pronome neutro proposto na língua portuguesa foi o ILE/DILE e o “Sistema ILE”, foram criados por Pri Bertucci e Andrea Zanella em meados de 2014.

Saiba mais:

https://ssexbbox.com

https://diversitybbox.com

https://dossie.ssexbbox.com/pt/

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