A Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil lança a sexta edição do azulejo em homenagem à Diversidade. Assinada pelo ilustrador Marcelo Stockler a peça de 20 X 20cm traz a mensagem “Aqui respeitamos a diversidade” em português, inglês e espanhol, e tem como objetivo levar a estabelecimentos, entidades e à casa das pessoas a representação do apoio e respeito a diversidade.
Para a criação do Azulejo Stokler recebeu o briefing com as informações que obrigatoriamente constam do azulejo: formato 20 x 20cm, a frase “Aqui respeitamos a diversidade” nos três idiomas, o logotipo da entidade, o ano e a assinatura do designer. A entidade não interfere na criação nem nos quesitos formas, imagens, tipologia e muito menos na paleta de cores. O objetivo é que o artista tem total liberdade para criar a peça.
A arte do azulejo 2021 traz a liberdade criativa do ilustrador Marcelo Stockler que utilizou a técnica de linhas fluidas para representar a memória, os sonhos e os desejos do futuro. Em meio a tempos difíceis e desafiadores que a sociedade enfrenta, a ilustração representa tudo aquilo que todos mais desejam: o afeto entre duas pessoas, o acolhimento e o carinho de dois corpos unidos em um só. Para o artista, os personagens sem rostos ou gêneros definidos convidam as pessoas se aprofundarem em suas histórias, suas dores e nas delícias da vida. “A ideia foi transmitir a sensação de carinho e acolhimento entre duas pessoas, dentro da atmosfera poética. Eu estou apaixonado por essa ilustração”, afirmou o artista quando finalizou a arte. Marcelo é um artista especializado em desenhos à mão livre, e idealizador do projeto @vertente. Graduado pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) em Design de Interiores e Fotografia, participou da criação de conteúdo para diversas empresas, além de contribuir em diversas campanhas digitais de grandes marcas.
A ideia da criação do Azulejo surgiu em 2016, ano de retorno das atividades da Câmara LGBT. Desde sua criação a peça tem sido produzida ininterruptamente todos os anos e tem como propósito ser um ato de declaração voluntária de respeito à diversidade.
Para Ricardo Gomes, presidente da entidade e idealizador do projeto, o azulejo é um ato de declaração voluntária de respeito a diversidade. “Tenho um carinho muito especial por este projeto e sei que nossos associados, parceiros e as pessoas quem nos acompanham nesses anos de jornada esperam avidamente a chega da arte de cada ano. Confesso que nós da diretoria também ficamos ansiosos pela chegada da arte a cada ano. Vivemos esta emoção desde 2016 e queremos vivê-la por muito e muitos anos”.
Histórico dos azulejos
A primeira edição do azulejo lançada em setembro de 2016, logo após a posse da atual diretoria, foi criada coletivamente sem a assinatura de um artista. Já em 2017 o azulejo contou com a assinatura de Weider Silvério que optou por uma arte mais clássica para emoldurar do respeito à diversidade.
Em 2018 o designer Fause Haten assinou a peça que teve o desenho inspirado em formas e seres singulares, que vão se misturando e dando origem a novas formas e cores. “É assim que somos! Somos diversos, somos únicos, essa é a beleza da humanidade. E é no encontro dessas singularidades que a vida se torna mais interessante e plena”, declarou Haten na data do lançamento do azulejo.
Em 2019 o designer mineiro Ronaldo Fraga, o mestre da moda nacional e também de ilustrações trouxe seu traço marcante e as referências de um Brasil plural, leve e divertido das suas coleções para o azulejo. “A busca dessa criação foi imprimir a diversidade como uma festa. Uma festa sob o céu estrelado ao som do melhor acordeom e banda de pífanos no interior do Brasil profundo. A diversidade LGBTI+ fora dos guetos, festejada por todos os brasileiros. Se uma criança e um ancião sorrirem diante dessa arte gráfica, terei alcançado a minha intenção”, declarou emocionado o designer, quando entregou a arte.
Em 2020 Laerte Coutinho, um ícone entre os cartunistas do Brasil, desenhou o azulejo e imprimiu seu traço divertido e inconfundível. Com seus personagens e personagens criados para a peça a artista trouxe a representação de várias orientações sexuais e identidades de gênero retratadas em uma tela de celular como se fossem capturados por uma foto. Uma das peças mais festejadas da coleção de azulejas da câmara LGBT.
Sensacional a iniciativa. Faz expandir a ideia em locais que tem foco na diversidade.