Um dos maiores ícones da cena clubber do Brasil nos anos 1990, o DJ Mauro Borges nos deixou nesta sexta-feira, dia 31 de agosto aos 56 anos. Conhecido por sua alegria e entusiasmo pelas novidades da música eletrônica, Mauro Borges marcou diversas gerações LGBTI+ e simpatizantes com seus sets de música extremamente dançantes e festivos.
Jornalista de formação, Mauro foi o criador do Clube Massivo, que ficava instalado em uma casa na alameda Jaú, quase na esquina com a avenida Rebouças. Clube marcado pela militância na cena GLS, chamado na época – onde a montação era quase um ato subversivo – e também pelas enormes filas na minúscula porta de entrada.
Borges também foi o responsável pelo primeiro grupo de dance music brasileiro, o “Que Fim Levou o Robin?”, que lançou o disco de música pop eletrônica “Aqui Não tem Chanel”, em 1989. E fez diversas aparições em programas de TV e de rádios, mas não alcançou grande sucesso.
Com mais de 30 anos de carreira, Borges se transformou em um grande organizador de festas do universo LGBT, além de contribuir com outros clubes onde comandava sets animadíssimos, como os badalados clubes Nation (no subsolo da Galeria América na rua Augusta) e mais recentemente na Disco Fever que ocupava o mesmo espaço físico, entre outros tantos locais.
Nos últimos cinco anos, o DJ fez história como residente da festa Veeem Dançar! na Bubu, em Pinheiros, São Paulo. Prova de que mesmo sem tanta energia como no seu início de carreira, a noite precisava de animação e descontração.
A Câmara LGBT, por meio de seus integrantes, com muito pesar, se despede desse personagem com muitas memórias e uma trajetória repleta de ativismo a causa LGBTI+.
Descanse em paz, querido Mauro Borges. Que a sua alegria e luz se espalhem pelo universo.