Em um marco histórico para a comunidade LGBTI+ na Grécia, o país aprovou, na última quinta-feira (15), uma lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Esta decisão, conquistada com o voto favorável de 176 dos 300 parlamentares, posiciona a Grécia como o primeiro país cristão ortodoxo a reconhecer legalmente essa forma de união.
A legislação recém-aprovada não apenas sinaliza a aceitação e reconhecimento do amor e compromisso entre casais homoafetivos, mas também concede a esses casais o direito à adoção, uma área que até então carecia de regulamentação na Grécia. No entanto, é importante notar que a lei exclui a possibilidade de casais do mesmo gênero recorrerem a barrigas de aluguel, apesar de tal prática ser legalizada para casais heterossexuais no país.
A Grécia agora se junta ao grupo de 37 países em todo o mundo que legalizaram o casamento entre pessoas do mesmo sexo, um feito notável considerando a predominância conservadora no congresso grego. O partido Nova Democracia, tradicionalmente conservador, detém 158 das 300 cadeiras no parlamento, tornando a aprovação dessa legislação um passo significativo em direção à igualdade e inclusão.
O primeiro-ministro Kyriákos Mitsotákis, em declarações à agência de notícias AFP, expressou sua satisfação com a decisão, descrevendo-a como um “ponto de inflexão para os direitos humanos”. Ele enfatizou que essa medida é um reflexo da Grécia contemporânea, caracterizada como um país progressista e democrático, profundamente comprometido com os valores europeus.