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Olojá – Senhor do Mercado se consolida como atração do afroturismo

Integrantes de quase 80 terreiros celebraram, no último sábado (8), o Olojá – Senhor do Mercado, candomblé de rua em homenagem a Exu, orixá que abre os caminhos, reunindo 15 mil pessoas na Feira de São Joaquim, na Cidade Baixa, em Salvador. Iniciativa da Associação Cultural e Social Olojá, o evento teve o apoio da Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA), como parte das ações do projeto Agô Bahia, voltado para valorização das religiões de matriz africana e incremento do afroturismo.
A quarta edição do Olojá trouxe o tema “Os Exus do Brasil “, iniciada com um cortejo pelas ruas da feira, seguido do xirê (roda de evocação dos orixás) e apresentações musicais. “O evento cresce, a cada ano, e fica mais bonito e acolhedor. Dessa vez, tivemos um forte apoio da Setur-BA, fazendo com que a gente entrasse para o calendário do turismo religioso do estado”, declarou a presidente da Associação Olojá, Anane Simões.
Este ano está sendo especial, porque temos uma estrutura melhor para receber as pessoas. Exu foi demonizado por muito tempo, injustamente, e agora ganha essa grande festa”, reforçou o babalorixá Rychelmy Imbiriba, do Terreiro Casa do Mensageiro (Camaçari), que idealizou a manifestação.
O Olojá atraiu turistas estrangeiros, como Jasmine Schaumburg,  funcionária da Universidade de Bielefeld, na Alemanha. “Já vim ao Brasil duas vezes, mas é a minha primeira vez na Bahia. Cheguei há três dias e estou adorando. Não me lembro de ter visto nada parecido com essa festa religiosa, no mundo”, relatou.
É um prazer participar dessa homenagem ao Senhor do Mercado, em Salvador, com uma receptividade maravilhosa”, completou Isabel Cristina, liderança do Terreiro Filhos da Folha Kawizidi Junsara, de São Paulo.
O titular da Setur-BA, Maurício Bacelar, participou da celebração e destacou a amplitude do evento. “Quando vamos às ruas festejar publicamente um orixá, reforçamos a nossa fé nas religiões de matriz africana, mas, não deixa de ser, também, uma manifestação contra o preconceito e a discriminação racial. Criamos o projeto Agô Bahia para incentivar o afroturismo e contribuir no combate à intolerância religiosa”.

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