A vereadora Amanda Paschoal (PSOL/SP) protocolou, ontem (10/03), na Câmara Municipal de São Paulo, um Projeto de Lei que visa declarar a Parada do Orgulho LGBT+ da cidade como Patrimônio Cultural Imaterial. Organizada pela APOLGBT-SP (Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo), a manifestação é reconhecida por sua importância histórica, social e cultural, consolidando-se como um símbolo da luta por direitos civis, visibilidade e cidadania plena para a comunidade LGBT+.
Realizada desde 1997, a Parada de São Paulo é uma das maiores do mundo, atraindo milhões de pessoas à Avenida Paulista anualmente. Em 2022, o evento reuniu milhões de participantes, tanto presencialmente quanto de forma virtual, reforçando sua relevância internacional. Além de ser uma plataforma de reivindicação por políticas públicas inclusivas, a Parada também impulsiona a economia local, gerando cerca de meio bilhão de reais em 2024, segundo dados da SPTuris.
“A Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo vai além de uma celebração. É um grito de resistência contra o preconceito e uma afirmação clara de que não aceitaremos retrocessos em direitos conquistados. Reconhecer seu valor cultural é garantir sua preservação e dar mais força a essa luta“, afirma Amanda Paschoal.
O projeto também destaca o impacto turístico e econômico da manifestação, que movimenta mais de 600 milhões de reais por ano, beneficiando setores como hotelaria, transporte, bares e restaurantes, além de atrair visitantes nacionais e internacionais. A iniciativa ainda promove debates sobre diversidade e inclusão, reforçando o papel da cidade como um espaço de acolhimento e respeito.
Se aprovado, o reconhecimento como Patrimônio Cultural Imaterial fortalecerá o compromisso de São Paulo com a promoção dos direitos humanos e a valorização da diversidade. “Num momento de retrocessos globais às pautas e demandas da comunidade LGBTQIA+ e de outras minorias, que também têm reflexos no nosso país e na nossa cidade, essa é muito mais do que uma medida simbólica”, completa a vereadora.