A convite de George Genoud e da ONG Shap Shap, que luta contra a desigualdade e a discriminação racial e de gênero por meio de projetos culturais, Transälien participa de uma residência artística durante o mês de Fevereiro no TU – Théâtre de l’Usine, onde irá ministrar o workshop Corpo EstandArte: Bordando a pele reflexos de si e fará duas apresentações da performance imersiva Cosmoverse: Inner Spaces – que teve sua estreia no Centro Cultural São Paulo, como parte da mostra A(U)TO2: OBSCURECENTE –, trabalho que explora arte relacional, afrofuturismo e práticas de cura coletiva. A residência acontece em Genebra, na Suíça, como parte da programação do Antigel Festival.
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Em 2025 Transälien celebra uma década de trajetória artística tendo passado, como artista e curadora, por museus em Berlim e Chicago, além de instituições brasileiras como o Museu de Arte do Rio e o Museu da Diversidade Sexual em São Paulo. Expandindo seu trabalho para o circuito institucional de arte desde então, atualmente integra, a convite de Leandro Muniz, a exposição Histórias LGBTQIA+, no MASP, com a foto-performance DivinA, trabalho premiado em 2022 na 14ª Grande Exposição de Artes Bunkyo.
Neste ano a multiartista também comemora o 10º aniversário da Lista Transfree, política criada por ela na cidade do Recife para promover a inclusão de pessoas trans, travestis e não-binárias em eventos culturais, hoje implementada em todo território nacional e em grandes festivais como No Ar Coquetel Molotov e Rock The Mountain.
Transälien é uma multiartista pernambucana radicada em São Paulo, conhecida por seu trabalho que transita entre utopia e mistério. Atuando como produtora cultural, curadora, performer, DJ e militante pelos direitos das pessoas trans e travestis no Brasil, em 2015 criou sua primeira grande obra, uma entidade que utiliza máscaras como dispositivos de transmutação em rostos infinitos, buscando contornar o domínio do inteligível em favor da liberdade de se expressar por meio de outras formas de presença. Seu trabalho explora a estranheza do mundo através de uma performatividade pós-humana, percebendo a vida e seus movimentos como fenômenos e manifestações artísticas.
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