Coletiva exibe trabalhos de 12 artistas, entre fotografias e desenhos
Segundo uma matéria publicada na “Revista Casa e Jardim”, visitas a Museus podem ser tão benéficas à saúde quanto a prática de atividades físicas. Para os amantes das artes, que não tem muita afinidade com esportes, a notícia é simplesmente inspiradora não é?
Pensando nisso, a dica do momento é fazer uma visita à Exposição Plural 24H, que está em cartaz desde o dia 24 de janeiro no Museu da Diversidade em São Paulo. Como o nome já diz “Plural 24H”, traz as diversas ações e situações presentes no universo e cotidiano vivido pela população LGBTI+ em sua vida e trabalho.
São 12 artistas mostrando por meio do desenho e fotografia essa pluralidade em uma mostra coletiva abordando situações vividas por pessoas da comunidade LGBTI+, desde o trabalho formal às apresentações em casas noturnas, a construção do próprio corpo, a relação com o corpo do outro, o preconceito vivenciado no seu dia a dia, as suas transformações e como lidar com elas se superando e se empoderando cada vez mais.
Cada artista traz o seu olhar e exibe de forma singular sua obra. Carolina Carettin mostra o ambiente de trabalho de um homem trans: uma sala de aula. Já o artista Iano Coimbra, em contraste, apresenta cenas de bastidores e apresentações de performers da noite LGBTI+ de Santa Clara, no centro da ilha de Cuba. Fe Maidel, através de desenhos, relata o processo cronológico de construção de seu próprio corpo, ao passo que Melina Rezende convida à intimidade de um quarto de motel, enquanto Barbara Cunha explora a estética do fetiche.
Rosa Luz, por meio de fotografias em preto e branco, trata da posição de marginalidade à qual as pessoas trans ainda são tratadas em nossa sociedade, enquanto Cleiton de Paula, também com fotos em preto e branco exibe registros da Revolta da Lâmpada, movimento que surge com a ideia do “fervo como protesto”, uma reação à agressão, praticada com uma lâmpada, sofrida por um jovem na Avenida Paulista em 2010.