Nas últimas semanas, uma polêmica envolveu dois grandes cantores de funk carioca. Nego do Borel e Jojo Maronttinni, que não são assumidamente gays, mas surfaram na onda LGBTI+ trazendo a tona termos que bombaram nas redes sociais: pink money e pinkwashing.
Mas afinal, o que ambos querem dizer?
“Pink Money é o poder de compra da população LGBTI+. É o dinheiro injetado na economia por meio da comunidade. Já pinkwashing é usar a bandeira como estratégia política, de marketing ou até financeira, mas não colocar o discurso em prática”, explica Ricardo Gomes, presidente da Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil.
Estratégia de marketing ou não, a audiência dos artistas tem sido alta. O clipe “Me Solta” do cantor Nego do Borel chegava a quase 48 milhões de visualizações (em 24 de julho), enquanto “Arrasou Viado”, da cantora Jojo Maronttinni, ou Jojo Todinho como é mais conhecida, ultrapassou 5 milhões de visualizações.
Fica a questão. Se existe atenção para estas questões envolvendo a comunidade LGBTI+ é porque ainda tem muito a se falar e estudar sobre o comportamento que envolve essa parcela da sociedade brasileira. No Brasil não há dados oficiais do governo, mas segundo levantamento de uma consultoria de mercado, esse público já movimenta cerca de R$ 150 bilhões por ano.
Além disso, dados analisados por outra grande consultoria apontam que, de acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente a 2010 e 2011, casais homoafetivos possuem renda duas vezes maior do que os casais heterossexuais, e consomem, em média, 30% a mais do que os heterossexuais.